Em um mundo onde o sofrimento e o caos parecem reinar, muitos se perguntam:
“Onde está Yhwh em meio a tudo isso?”
A resposta das Escrituras é clara e contundente: Ele nunca se afastou.
Fomos nós que nos afastamos dele.
Desde os dias dos profetas, quando Yerushalayim caiu diante de Babel, até os tempos atuais, o padrão se repete:
Yhwh adverte, o povo ignora e as consequências chegam.
Yisrael, escolhido e abençoado, tornou-se um exemplo triste dessa desconexão. Conheciam a Torá, mas a negligenciaram; ouviam os profetas, mas os rejeitaram. E hoje, não somos tão diferentes.
Vivemos uma religião seletiva, onde escolhemos quais partes da Palavra de Yhwh queremos obedecer.
Aceitamos “não matarás” e “não furtarás”, mas tratamos outros mandamentos — como a shabat e as leis alimentares — como se fossem relíquias do passado, irrelevantes para os “tempos da graça”.
No entanto, Yeshua jamais aboliu a Torá. Pelo contrário, Ele a cumpriu e nos chamou a uma obediência ainda mais profunda.
Se Yhwh, em Sua sabedoria, estabeleceu limites até mesmo para o que colocamos em nossos pratos, quem somos nós para questionar?
O profeta Hoshea advertiu: “O meu povo está sendo destruído porque lhe falta conhecimento” (Hoshea 4:6).
Essa destruição não vem apenas da desobediência intencional, mas também da ignorância cultivada — ensinamentos que nos fazem crer que partes da Torá foram “abolidas” ou “substituídas”.
E assim, enquanto nos orgulhamos de nossa espiritualidade, continuamos a comer o que Yhwh chamou de impuro, a profanar o que Ele separou e a viver como se suas instruções fossem meras sugestões.
Este artigo é um convite a reexaminar as Escrituras com olhos abertos, explorando as leis kosher desde o Gan Éden até os dias atuais. Se Yhwh se importa com o que entra em nossa boca (e Ele se importa, como mostram Vayikra 11), então precisamos nos importar também. Não por legalismo, mas por amor. Não para sermos salvos, mas porque fomos salvos.
Que o Ruach de Yhwh nos guie nessa jornada de volta à obediência plena, para que nossa vida — e até nossa alimentação — glorifiquem Aquele que nos criou e nos redimiu.
Que estas palavras não sejam apenas lidas, mas vividas. Porque, no final, não são os que dizem “Senhor, Senhor” que entrarão no Reino, mas os que fazem a vontade de Yhwh (Mateus 7:21).