Quando Yhwh formou o homem, só Adam vivia,
Mas no Éden, com amor, criou-lhe companhia.
Da costela de Adam, Chawah, Ele moldou,
No sexto dia a criou, com graça ela se formou.
Ao homem foi unida, num laço divinal,
E Adam, com júbilo, cantou o seu sinal:
“Osso do meu osso, carne da minha carne!”
E com um olhar, o amor selou seu nome afim.
Idônea, nossa mãe, do pai primeiro veio,
De um homem, a mulher, o Eterno a fez enfim,
E dela, Chawah, brotou o humano anseio,
Mas a mãe que Yhwh com glória adornou,
No coração, um dia, a dúvida formou.
A serpente a envolveu com astuto ardil,
E ao fruto proibido cedeu, tão frágil, sutil.
Com Adam partilhou do erro, o amargo sabor,
E do Éden, por Yhwh, foi banida com dor.
Mas o Deus que a vestiu com peles de perdão,
Guardou-a em sua graça, apesar da transgressão.
Chawah gerou Kayn, Hevel, Shet e mais,
Filhos e filhas, sob céus de luta e paz.
Viveu para ver o mal que seu erro gerou,
E nas suas dores, o mundo se formou.
O mal que trouxe a Terra passou à ferir, mas Yhwh, mesmo assim, buscou a redimir.
Chawah viveu, sofreu, e ao pó retornou,
E espera o dia em que Yhwh a chamará.
A mãe de todas as mães, ressuscitará
Com esperança oramos ao Eterno, e nele estamos a esperar,
Que Yhwh te restaure e contigo venhamos a estar.