O leitor e estudante assíduo pode ter lido o capítulo 77 deste artigo e criticado, mas o que tem a ver um movimento religioso do século III com a Congregação Morta, uma vez que se observarmos as sete congregações do Livro da Revelação de Yeshua, conhecido em nossa cultura como Apocalipse, como representante de sete tempos dos seguidores de Yeshua como estudados e datados anteriormente, este movimento não faz parte do tempo da Congregação Morta, pelo contrário, faz menção ao tempo da Congregação Perseguida.
Pois bem, como vimos no final do capítulo anterior, ao longo do tempo, Igreja Romana sufocou este movimento até o exterminar, mas com o surgimento dos movimentos protestantes, houve quem no século XVI entendesse que esta denominação era símbolo de uma resistência a corrupção cristã tão importante, que a mesma era digna de uma ressurreição denominacional.
Assim, alguns crentes na justificação através fidelidade declarada, do sacerdócio universal começaram a estudar as escrituras e ansiaram por uma reforma mais radical, que ultrapassassem os ensinos dos reformistas mais famosos de sua época e fossem além, transformando suas vidas à luz das escrituras.
Neste tempo, Georg Blaurock, Conrad Grebel e Félix Manz se destacaram por defender tal ideia que também é defendida pelo mosaicocristão, uma vez que o mosaico cristianismo consiste na crença de se voltar a praticar o verdadeiro ensino e a verdadeira fidelidade, defendidas por Yeshua, chamado pelos gregos de Cristo, que significa ungido em nosso idioma, e Moshe, outro ungido para libertar Israel. Este último, um homem que pode ver o verdadeiro Deus, Yhwh, face à face.
A primeira Igreja Anabatista moderna foi fundada em Zurique, em 1525, uma das principais ideias deste grupo era que cada comunidade deveria funcionar de forma independente, sem uma organização central, o que permitiu que eles se expandissem rapidamente pelo mundo.
Entre os anabatistas modernos, talvez tenha sido Menno Simons, nos Países Baixos, que tenha se destacado como o grande líder deste movimento em tempos modernos.