Anabatismo é um termo oriundo do grego que significa rebatizadores, ou seja, pessoas que creem que há uma necessidade de um novo batismo verdadeiro, sempre que um batismo não adequado fosse praticado anteriormente.
Esse movimento religioso tem sua base no século III, após um grupo de 87 bispos se reuniram em concílio realizado em Cartago, em 225, sob a direção de Cipriano, que decidiu rebatizar os discípulos de Novaciano, um sacerdote cristão que negou o cristianismo durante a perseguição romana nos dias do Imperador Décio.
Esse rebatismo foi condenado pelo papa romano Estevão I, bispo de Roma na época. A existência da doutrina Anabatista foi um dos argumentos utilizados pelos participantes do concílio de Niceia em 325, para declarar a necessidade de uma unificação da doutrina Cristã e sua centralização em Roma, criando então o Cristianismo Católico, considerado o Cristianismo oficial e universal, oriundo de Roma.
Os anabatistas sempre foram considerados “radicais” que nunca aceitaram os dogmas romanos declarados nos concílios que unificavam a Igreja Cristã e ocorreram constantemente após 325.
Porém, a perseguição católica praticamente os extinguiu, à medida que o poder da Igreja Morta aumentou, após a queda do Império Romano.