Como vimos nos capítulos anteriores, o número de seus selados é um número simbólico, metafórico e ilustrativo, o que nos leva a compreender que o número 12 tenha alguma relevância nesta simbologia, uma vez que Yaakov, teve treze descendentes, pois Diná também foi filha de Israel, Menashe e Efraim foram adotados e isso obrigou Yaakov a pedir para Yossef e Levi não carregarem o caixão de seu pai pelo deserto.
De igual forma, se considerarmos que Menashe e Efraim foram adotados como filhos de Israel, Yossef não teve descendentes carnais entre os filhos de Israel e por isso não deu seu nome a nenhuma tribo, sendo apenas lembrado como o 2º de um reino que salvou Israel, ungido para salvar Israel, após ser injustamente condenado e lançado para longe de seus irmãos.
Levi, por sua vez, foi ofertado a Deus em lugar dos primogênitos e, se assim, sua tribo não tomou posse na Terra, antes, seus filhos foram tidos como herança de Deus.
Assim, o número dos filhos de Israel, não se expandiu a 13, com Diná, 14 com Menashe e Efraim, adotados, ou 15 com todos eles, mas se manteve em 12, o que reforça a compreensão de que o 12 como pilar base do número 144 mil é um indício claro de que este número seja apenas metafórico e como vimos no capítulo 108, apenas represente um incontável número de seres salvos através do sacrifício do Cordeiro.
Indício reforçado quando vemos entre as 12 tribos, as tribos de Yossef e Levi, que não tomaram posse em Israel e não vimos entre eles Dã e Efraim.
A maioria dos nossos irmãos teólogos, tenta justificar a ausência destas duas tribos tentando citar textos que nos induza a ver como tribos idólatras, uma vez, que a tribo de Dã, logo ao tomar posse de sua terra, chamou de Yhwh, um ídolo entregue a Yonatan, neto de Moshe, para este lhes servir como sacerdote de toda a tribo.
Algo semelhante ocorreu quando Yeroban repartiu Israel de Yehuda, colocando dois bezerros em Efraim e Dã, e os chamando de Yhwh, transformando Yhwh a imagem da criatura, uma abominação imperdoável.
Apesar das abominações imperdoáveis praticadas por Efraim e Dã e citadas por nossos irmãos que tentam relacionar sua exclusão desta contagem por causa de seus pecados, as outras tribos, e principalmente Yehuda, ao longo da história, cometeram atrocidades tão abomináveis quanto as praticadas por Dã e Efraim.
Beniami, antes da corrupção de Dã, estuprou uma jovem viajante, tomando a mesma de seu marido e a violentando até que esta morresse.
Shimaul, senão a tribo, o próprio, e até Levi, ancestral de Moshe e Aharon, cometeram um genocídio em Shichem, matando uma cidade inteira, de pessoas propensas a se voltar para o Deus do céu, e estes praticaram tamanha crueldade, utilizando a Lei de Deus como elo para a prática do mal.
O que dizer de Ruben, ancestral dos rubenitas, que se deitou com a concubina de seu próprio pai?
Ou então de Yehuda, que impediu que seu filho mais moço tomasse a esposa de seus irmãos conforme a tradição do levirato, e depois a possuiu, crendo que fosse uma sacerdotisa de algum ídolo da terra? Sem comentar os incontáveis profetas e fiéis perseguidos e mortos pelos judeus, como o próprio mestre e seus discípulos.
Não! Não pode ser este o motivo da exclusão de Efraim e Levi desta lista dos doze citados entre os 144 mil. Por isso, os mosaico-cristãos entendem que este é mais equívoco teológico da maioria de nossos irmãos.