Antes que existissem montanhas, antes que as estrelas começassem a cintilar no vácuo do espaço, antes mesmo que o tempo pudesse ser medido — Yhwh já existia.
O primeiro verso das Escrituras não oferece uma explicação sobre Deus, mas uma declaração soberana: “No princípio, criou Yhwh os céus e a terra” (Bereshit/Gênesis 1:1).
A palavra Bereshit (“No princípio”) marca o início da criação, mas não o início de Yhwh, que transcende o tempo.
As Escrituras revelam que Yhwh existe “desde a eternidade e para a eternidade” (Salmos 90:2). Enquanto todas as coisas — dos átomos às galáxias — têm um começo, o Criador é autoexistente, não dependendo de nada nem de ninguém. Quando Mosheh (Moisés) pergunta Seu nome, Yhwh responde: “Eu Sou Aquele que Sou” (Êxodo 3:14), uma declaração de Sua existência eterna e imutável, independente da criação.
Ao criar a vida na Terra, Yhwh estabeleceu o tempo como um tecido para a história humana, mas Ele mesmo permanece fora dele, existindo sem princípio.
Quando começou a criar, Yhwh se comprimiu, e algo fora dele passou a existir como criação. Contudo, sua comunhão com a criação é mantida pelo ruach (Espírito/Sopro), que vivifica e conecta.
Às criaturas vivas, Yhwh concedeu liberdade, mas uma liberdade dependente de sua soberania, como um rio que flui livremente, mas nunca se separa de sua fonte. O nome Yhwh, frequentemente traduzido como “SENHOR” em muitas Bíblias para respeitar a tradição judaica de não pronunciar o Nome Sagrado, encapsula essa verdade: Ele é o Eterno, o fundamento de tudo o que existe.
Essa eternidade de Yhwh é sua principal essência e, por isso, a base de seu nome.












