A origem do shabat do sétimo dia remonta à própria criação da vida na Terra, conforme descrito no Livro de Bereshit, conhecido como Gênesis.
No sétimo dia, Yhwh completou sua obra criadora, cessou todo o Seu trabalho, abençoou esse dia e o declarou sagrado, separando-o dos demais.
Essa narrativa bíblica, encontrada em Gênesis 2:1-3, afirma:
“Assim foram terminados os céus, a terra e tudo que há neles. No sétimo dia, Deus havia terminado a sua obra, e ele passou a parar, no sétimo dia, toda a obra que fez. E Deus abençoou o sétimo dia e o declarou sagrado, pois neste dia Deus parou toda a obra que criou e tudo que ele decidiu fazer.”
Dessa forma, o shabat foi instituído logo após a criação, funcionando como um selo da obra divina na Terra. Ele simboliza não apenas a parada de Deus, mas também sua soberania como Criador, estabelecendo um padrão eterno de equilíbrio entre trabalho e parada para a humanidade.
O shabat do sétimo dia serve como um lembrete contínuo do poder criador de Deus e da necessidade de preservar a harmonia entre as atividades laborais e o descanso espiritual.
Embora alguns argumentem que o shabat foi destinado exclusivamente ao povo judeu, as Escrituras indicam que sua instituição precede qualquer divisão cultural ou religiosa, sendo um princípio universal.
Estabelecido na criação, antes mesmo da formação de nações ou religiões, o shabat é uma ordem divina para toda a humanidade, como sugerido pela prática de Adam, que, presumivelmente, observou esse dia sagrado.
Nos capítulos seguintes, continuaremos a explorar a relevância do shabat do sétimo dia, examinando como sua observância reflete nossa relação com Deus e como esse dia sagrado pode trazer equilíbrio e renovação espiritual às nossas vidas.