As Escrituras Sagradas oferecem uma explicação clara sobre a razão da instituição do shabat do sétimo dia.
Em Shemot/Nomes/Êxodo 20:11, lemos:
“Porque em seis dias Yhwh fez os céus, a terra, o mar e tudo o que há neles, e no sétimo dia parou. É por isso que Yhwh abençoou o dia de shabat e o tornou sagrado.”
Ao reiterar o mandamento do shabat para o povo de Israel, confirmando-o como um dos Seus preceitos sagrados, o Criador explica o propósito desse dia. O shabat foi instituído como um memorial da obra criadora de Yhwh, que em seis dias formou os céus, a terra, o mar e todas as formas de vida, cessando Sua obra no sétimo dia.
Esse dia sagrado serve, portanto, como um lembrete contínuo de que Yhwh é o soberano Criador de tudo o que existe.
Além de comemorar a criação, o shabat marca a cessação da atividade criadora direta de Deus na Terra.
Após o sétimo dia, Ele delegou às Suas criaturas a responsabilidade de continuar o ciclo da vida, conforme Seu desígnio. Assim, o shabat não apenas celebra a origem divina de toda a existência, mas também estabelece um princípio de confiança recíproco em que Deus dá a humanidade o dom da obra criadora e a humanidade, em troca, estabelece a crença na provisão de Deus, sendo convidada a pausar suas atividades e reconhecer Sua autoridade e cuidado.
A observância do shabat do sétimo dia é, portanto, um ato de adoração e gratidão, que nos reconecta à nossa origem e propósito.
Nos capítulos seguintes, examinaremos como a guarda do shabat impacta nossa vida espiritual e fortalece nossa comunhão com o Criador, aprofundando o significado desse dia como um presente divino para a humanidade.