Pouco mais de um século após a morte de Vaux, John Wycliffe passou a viver na Inglaterra. Ele era um padre católico que traduziu a Bíblia para a língua inglesa e é considerado um dos filósofos fundamentadores da reforma protestante.
Wycliffe entendia que o homem que pratica o erro e, portanto, se encontra em pecado, não tem condições adequadas de possuir propriedades e estas devem ser de Deus. Sua crítica a propriedade privada, as condições luxuosas as quais viviam os pontífices cristãos o levaram a ser considerado herege, mesmo tendo dedicado toda sua vida aos costumes católicos.
Wycliffe defendia que todo sacerdote divino, ou seja, todo sacerdote cristão, deveria viver em radical pobreza, sendo apenas mantido pelos donativos dos fiéis.
Wycliffe foi um grande crítico do clero e também da monarquia, uma vez que entendia que não cabia a nobreza a honra do governo, pois todos os homens estavam em pecado e o governo deveria ser algo legítimo estabelecido por Deus e mantido por virtude de práticas e não de nascimento.
Pela ênfase na defesa de suas ideias, a Igreja Romana o excomungou após sua morte e assim, ele se tornou também, mas uma oportunidade perdida, onde suas críticas poderiam ter despertado uma análise mais veemente sobre a situação real e espiritual do cristianismo religioso e levado aqueles que professam o nome de Yeshua, através da sua versão latinizada, a saber, jesus, a se voltarem para o Deus Criador.
E assim, mesmo após a morte de Wycliffe, continuamos a viver o tempo de Sardes em uma Igreja Morta.