William Tyndale pode ser considerado o pai ideológico da Igreja Anglicana e uma das suas vítimas, uma vez que o Rei Henrique VIII utilizou suas escrituras para fundamentar a criação da Igreja da Inglaterra, separando-se da autoridade papal após seu divórcio e novo casamento, algo que até então era condenado pela Igreja Católica Romana.
Tyndale nasceu no século XIX após o fim do Império Romano do Oriente, pano de fundo que não pode ser ignorado como fator relevante para a perda da força no Cristianismo romano no Ocidente.
Inspirados por outros reformadores, Tyndale traduziu grande parte da Bíblia para inglês e foi ele, o primeiro a reutilizar o nome de Yhwh nas Escrituras Bíblicas, traduzindo o mesmo para o inglês com o Iehouah (lê-se Ierrouá), algo muito próximo da fonética utilizada pelos mosaico-cristãos, que utilizam a fonética “Iarruá, ou mais ocidentalizado, Iárrua”.
Em seus escritos, Tyndale defendia que a Igreja deveria ser comandada pelo Estado e não pelo Papa, uma vez que o grande líder da nação é estabelecido por Deus. Este argumento foi o utilizado pelo Rei Henrique VIII quando decidiu se divorciar e se casar novamente, separando a Igreja da Inglaterra da Igreja Romana.
Tyndale, no entanto, condenou o novo casamento do rei, considerando um adultério. Ordenou ao rei que anulasse seu casamento, o que lhe resultou na perseguição anglicana.
Com medo do Rei, Tyndale buscou refúgio no território flamengo que há época era de domínio de Carlos V, católico devoto que ordenou sua prisão.
Um ano após ser preso, Tyndale foi executado por estrangulamento e depois foi queimado como herege, um costume cristão muito comum em sua época.
Assim, ele se tornou apenas mais uma oportunidade perdida e seus escritos foram utilizados apenas para criação de mais uma religião cristã estatal, ainda mais distante das escrituras do que a católica romana. A saber, a Igreja Anglicana.