Os anos se passaram, muitos homens, entre justos que se mantiveram fiéis às revelações que Deus lhes deu e outros que se perderam, apesar de defender algumas verdades em seus discursos, surgiram. Muitos falsos religiosos também surgiram. O estudo da profecia poderia avançar neste momento, mas o mosaico-cristão, autor deste artigo, pede que possa citar apenas mais algumas oportunidades perdidas, entre eles homens fiéis que ele admira e o influenciam com seus ensinamentos, ou pelo menos, em parte deles.
Eis o primeiro a ser citado nesta coletânea, John Wesley, um padre anglicano que viveu no século XVIII.
Como vimos no capítulo anterior, a Igreja Anglicana surgiu para satisfazer um desejo egoísta de um rei inglês e, em suas doutrinas, em nada era melhor do que o ensino católico romano.
Wesley foi ordenado padre anglicano em 1726 e, apenas dois antes de ser ordenado, ele liderou o “Holy Club”, uma sociedade formada com o propósito de estudar e se praticar uma vida cristã devota com uma experiência verdadeira.
Com o tempo, Wesley passou a pregar ao ar livre, longe das catedrais. Wesley começou a nomear evangelistas itinerantes que não eram reconhecidos pela Igreja, colocou em seu ministério, tanto homens como mulheres. Esses evangelistas passaram a defender ideias inovadoras como a abolição da escravidão, oportunidade de participação feminina no ministério, a doutrina de que o favor de Deus nos leva a desenvolver um caráter cristão e consequentemente, a guardar os mandamentos.
Assim, Wesley passou a defender que conversão era uma decisão do indivíduo e se tornou grande crítico do calvinismo e seus ramos presentes na Inglaterra. Sua prática, cheia de métodos, passou a ser chamada de metodismo, e suas atitudes progressistas o levaram a ser proibido de pregar nas paróquias da Igreja Anglicana Oficial, mas Wesley jamais se separou oficialmente da Igreja Anglicana, mantendo-se fiel em sua conduta em todos os sentidos.
Ao viajar para fora da Inglaterra, Wesley chegou aos Estados Unidos, onde fundou sua primeira congregação Metodista, porém, ele entendia que suas comunidades independentes eram uma espécie de extensão da Igreja Anglicana, com ênfase em práticas mais voltadas para a ética cristã e fidelidade mais enfática, ou seja, apesar de fundar grupos independentes que praticavam doutrinas divergentes da Igreja Anglicana, ele não era um separatista.
Wesley morreu aos 87 anos, e conta-se ao seu celebrar o início de 88º ano católico, ele declarou:
“Hoje entro no meu octogésimo oitavo ano. Por mais de oitenta e seis anos, não encontrei nenhuma das enfermidades da velhice: meus olhos não escureceram, nem minha força natural diminuiu. Mas em agosto passado, encontrei uma mudança quase repentina. Meus olhos estavam tão opacos que nenhum óculos me ajudaria. Minha força também agora me abandonou completamente e provavelmente não retornará neste mundo.”
Infelizmente, após a morte de John Wesley, as Igrejas Metodistas estacionaram em seu progressismo, não buscando mais verdades na palavra de Deus, que caso ele tivesse vivido mais, creio eu, teria buscado e certamente reformado ainda mais suas doutrinas a ponto de que seus discípulos se tornassem ainda mais fiéis ao verdadeiro Deus.
No entanto, como as reformas protestantes metodistas pararam em Wesley, o movimento metodista se tornou um movimento pontual para seu tempo e mais uma oportunidade perdida para fazer o povo de Deus avançar para o tempo da Comunidade de Filadélfia.