O Yom Teruah, Dia do Toque de Trombeta, celebrado no 1º dia de Etanim, sétimo mês, é uma shabat anual que ressoa com um chamado urgente de Yhwh ao Seu povo. Introduzido antes do Yom Kippur (Capítulo 14), este dia separado (kadosh) anuncia a proximidade do julgamento divino e convoca os fiéis à preparação espiritual.
Diferentemente de interpretações judaicas equivocadas, o Yom Teruah não celebra a criação do homem, mas aponta profeticamente para a abertura do sétimo selo, a batalha final contra o último anticristo, e o convite ao arrependimento antes do grande dia de Yhwh.
O mandamento do Yom Teruah.
Vayikra (Levítico) 23:23-25 ordena: “Yhwh disse a Moshe: ‘Diga aos filhos de Yisrael: No sétimo mês, no primeiro dia do mês, haverá para vocês uma shabat de completo descanso, um dia de recordação anunciado pelo toque de trombeta, um congresso kadosh. Não farão nenhum trabalho servil e apresentarão a Yhwh uma oferta feita por fogo.’”
O Yom Teruah, realizado 10 dias antes do Yom Kippur, é uma shabat de shabaton, um descanso total, semelhante às shabatot anuais da Pessach e Chag HaMatzot (Capítulo 11) e Shavuot (Capítulo 13).
Como nas shabatot da Pessach, apenas o trabalho servil é proibido. O toque de trombeta (Teruah), geralmente com uma shofar, servia para convocar o povo, anunciar guerra ou alertar para eventos significativos (Bemidbar 10:9).
No Yom Teruah, o som da shofar proclama a proximidade do Yom Kippur, chamando Yisrael ao arrependimento e à preparação para o dia mais kadosh do ano.
O erro da interpretação de Rosh Hashaná.
Muitos judeus modernos associam o Yom Teruah, chamado por eles de Rosh Hashaná (“Ano Novo”), à criação do homem, acreditando que Adam foi formado no 1º dia de Etanim. Contudo, essa interpretação carece de evidência bíblica. Bereshit especifica que o homem foi criado no sexto dia da criação, não associado a Etanim. A Torá estabelece Aviv (Nisan) como o início do ano:
“Este mês [Aviv/Nisan] será para vocês o primeiro dos meses; será o primeiro mês do ano” (Shemot/Êxodo 12:2). A tradição de iniciar o ano em Etanim, adotada após o exílio babilônico, reflete uma influência babilônica e contradiz a ordem de Yhwh. Assim, celebrar o Yom Teruah como “Ano Novo” ou como a criação do homem é um erro, desviando-se do propósito profético do dia.
O significado profético do Yom Teruah.
O Yom Teruah transcende sua função de anunciar o Yom Kippur; é uma shabat profética que aponta para o tempo do fim. Yohanan, em Hitgalut (Apocalipse/Revelação) 8:1-6, descreve uma cena celestial que ecoa o Yom Teruah:
“Quando o sétimo selo foi aberto, houve silêncio no céu por cerca de meia hora. Vi os sete mensageiros que estão diante de Yhwh, e lhes foram dadas sete trombetas. Outro mensageiro, segurando um incensário de ouro, parou junto ao altar. Foi-lhe dado muito incenso para oferecer, com as orações de todos os separados (kadoshim), sobre o altar de ouro diante do trono.
A fumaça do incenso, com as orações dos separados (kadoshim), subiu perante Yhwh. O mensageiro pegou o incensário, encheu-o com fogo do altar e lançou-o à terra; houve trovões, vozes, relâmpagos e um terremoto. Os sete mensageiros com as sete trombetas prepararam-se para tocá-las.”
Essa visão conecta-se diretamente ao Yom Teruah, com o toque das trombetas celestiais anunciando a ira de Yhwh e o início dos juízos finais.
O silêncio no céu reflete a gravidade do momento, enquanto as trombetas convocam a terra ao arrependimento. O Yom Teruah é, portanto, um alerta divino, chamando a humanidade a se voltar para Yhwh antes do “grande e temível dia” profetizado por Yoel (Capítulo 13). Aqueles que não se arrependerem enfrentarão a purificação forçada do Yom Kippur milenar, quando a terra será julgada e expiada de seus erros.
Yom Teruah: a convocação para a batalha final.
O Yom Teruah não celebra a criação, mas anuncia a tribulação final e a batalha decisiva contra o último anticristo, descrito em Hitgalut (Apocalipse/Revelação) como um líder abominável.
Esse falso Mashiach será aclamado por Yisrael como seu “messias”, por cristãos como “conciliador, pai ou profeta”, e por outras religiões como um “grande líder”.
No entanto, ele é o adversário final, oposto ao verdadeiro Mashiach, Yeshua HaMashiach. O toque das trombetas no Yom Teruah simboliza a abertura do sétimo selo, a resposta de Yhwh à revelação desse anticristo, convocando Seu povo a se posicionar ao Seu lado na batalha espiritual que culminará na volta de Yeshua (Hitgalut/Apocalipse/Revelação 19:11-16).
Vivendo o Yom Teruah hoje.
Hoje, os mosaico-cristãos guardam o Yom Teruah no 1º dia de Etanim com uma shabat de descanso, oração e adoração, ouvindo a shofar e refletindo sobre o chamado de Yhwh ao arrependimento. Rejeitando interpretações erradas, como a de Rosh Hashaná, e abraçamos o propósito profético do dia: preparar-nos para o Yom Kippur e, em última análise, para o retorno de Yeshua. Esta shabat nos desafia a viver kadosh, rejeitando falsos messias e proclamando a verdade da Torá e do Mashiach. É um dia para ouvir o shofar celestial, alinhando nossos corações com o plano de Yhwh.
Um convite ao alerta espiritual.
Imagine o som do shofar ecoando no Yom Teruah, convocando você a despertar para o chamado de Yhwh. Esta shabat kadosh não é um feriado de ano novo, mas um alerta profético, anunciando a batalha final contra o anticristo e a vitória iminente de Yeshua HaMashiach. Ao guardar o Yom Teruah com reverência, você responde ao toque das trombetas, escolhendo estar ao lado de Yhwh na tribulação que se aproxima. Que possamos celebrar esta shabat com fervor, prontos para o grande dia de Yhwh!









