Vayikra (Levítico/Chamou) 23:33-43 ordena:
“Yhwh (Deus) disse a Mosheh (Moisés): ‘Diga aos filhos de Yisrael (Israel): No décimo quinto dia do sétimo mês, será a Festa de Sucot (Tabernáculos/Cabanas) para Yhwh (Deus), por sete dias. No primeiro dia, haverá um congresso kadosh (separado); não farão nenhum trabalho servil. Durante sete dias, apresentarão a Yhwh (Deus) uma oferta feita por fogo. No oitavo dia, realizarão um congresso kadosh (separado) e apresentarão uma oferta feita por fogo; é uma assembleia solene, e não farão nenhum trabalho servil. […] No décimo quinto dia, quando colherem os produtos da terra, celebrarão a festa de Yhwh (Deus) por sete dias.
No primeiro dia, haverá descanso completo, e no oitavo dia, descanso completo.
Tomarão frutos de árvores majestosas, folhas de palmeiras, galhos de árvores frondosas e salgueiros dos vales, e se alegrarão perante Yhwh (Deus), seu Elohim, por sete dias. […] Habitarão em cabanas por sete dias; todos os nativos de Yisrael (Israel) habitarão em cabanas, para que suas gerações saibam que fiz os filhos de Yisrael (Israel) habitarem em cabanas quando os tirei de Mitzrayim (Egito). Eu sou Yhwh (Deus), seu Elohim.’”
Sucot, realizada de 15 a 21 de Etanim (7º mês), com um oitavo dia solene (Shemini Atzeret), é uma festa de regozijo.
Seus shabatot no 1º e 8º dias, como os do Pessach (Capítulo 15) e Yom Teruah (Capítulo 22), proíbem apenas trabalho servil, sendo obrigatórios para todos os fiéis a Yhwh.
Contudo, a obrigatoriedade de habitar em cabanas é exclusiva para os “nativos de Yisrael” (Israel), ou seja, aqueles de nascimento israelita, sendo este mandamento, opcional aos enxertados espiritualmente na aliança (Capítulo 21).
A celebração com ramos e frutos reflete a colheita e a gratidão pela provisão de Yhwh.
A Origem e o Significado Passado de Sucot
Vayikra (Levítico/Chamou) 23:43 explica: “Para que suas gerações saibam que fiz os filhos de Yisrael (Israel) habitaram em cabanas quando os tirei da terra de Mitzrayim (Egito).”
Sucot rememora os 40 anos no deserto, quando Yhwh protegeu Yisrael (Israel) após libertá-los da escravidão em Mitzrayim (Egito).
As cabanas simbolizam a fragilidade humana e a dependência da provisão divina, enquanto o êxodo reflete a jornada de reconciliação com Yhwh.
Essa “metodologia do deserto” é um padrão recorrente na obra de Yhwh.
Antes de conduzir Yisrael (Israel) à Terra Prometida, Yhwh os levou ao deserto para ensinar-lhes obediência à Torá (Lei) (Shemot/Êxodo 19-20).
Chanock (Enoque), antes de ser transladado, foi testado e transformado como líder (Bereshit/Gênesis 5:24, tradição mosaica).
Avraham (Abraão), antes de receber Yitzhak (Isaque), peregrinou por décadas, enfrentando incertezas até os 100 anos (Bereshit/Gênesis 21:5).
Mosheh (Moisés), antes de liderar a libertação de Yisrael, viveu 40 anos exilado em Midiã (Shemot/Êxodo 2:15).
Yosef (José), antes de governar no Egito, enfrentou escravidão e prisão (Bereshit/Gênesis 39-41).
Esses “desertos” foram processos de purificação e preparação, refletidos no ritual de Sucot, que ensina humildade e confiança em Yhwh.
O Significado Profético de Sucot
Sucot não é apenas memorial; é uma profecia do Reino milenar, quando Yeshua HaMashiach (Jesus, o Messias/Ungido) reinará e Yhwh habitará com Seu povo.
Hitgalut (Apocalipse/Revelação) 20:4-6 revela que, durante os mil anos em que HaSatan (Shatan/Satanás) estará preso, os remidos da primeira ressurreição reinarão com Yeshua.
Esses kadoshim (separados), considerados “nativos de Yisrael” espiritualmente (os que têm seus nomes no livro da vida), habitarão “em tendas” fora da terra, num “deserto espiritual”, enquanto a terra permanece desolada sob o jugo de HaSatan.
Esse período prefigura a habitação temporária de Sucot, aguardando o estabelecimento do Reino na terra.
Zecharyah (Zacarias) 14:16-19 completa a profecia:
“Todos os que restarem de todas as nações que vierem contra Yerushalayim (Jerusalém) subirão ano após ano para se curvar diante do Rei, Yhwh (Deus) dos Exércitos, e para celebrar a Festa de Sucot (Tabernáculos/Cabanas).”
Após os mil anos, Yeshua retornará com os remidos para implantar o Reino em Yerushalayim (Jerusalém). A segunda ressurreição ocorrerá, e HaSatan, solto por pouco tempo, seduzirá muitos para a batalha final (Hitgalut/Apocalipse/Revelação 20:7-10).
Contudo, alguns entre as nações serão poupados do julgamento e celebrarão Sucot, não mais como exclusividade dos nativos de Yisrael, mas como uma festa universal, simbolizando a reconciliação global com Yhwh.
Sucot, assim, profetiza a habitação eterna de Yhwh com a humanidade (Hitgalut/Apocalipse/Revelação 21:3).
Vivendo Sucot com Consciência Profética
Hoje, os mosaico-cristãos guardam Sucot no 15º dia de Etanim (7º mês) como um shabat de regozijo, observando os shabats do 1º e 8º dias com descanso e adoração, conforme a Torá (Lei).
Os nativos de Yisrael (Israel), são chamados a habitar em cabanas, para lembrar a jornada no deserto e a dependência de Yhwh.
Todos os fiéis, independentemente de origem, devem celebrar esses shabatot )(1º e 8º dia) com gratidão, usando ramos e frutos para louvar.
Sucot nos desafia a viver kadosh (separados), rejeitando tradições humanas e antecipando o Reino de Yeshua. É um tempo de comunhão, reflexão e esperança na promessa do Reino.
Um Convite à Alegria da Habitação
Imagine construir uma cabana sob o céu de Etanim, louvando a Yhwh (Deus) por Sua proteção e sonhando com o Reino onde Ele habitará entre nós.
Sucot é um shabat kadosh (separado) que nos conecta ao passado de Yisrael (Israel) e à promessa futura do reinado de Yeshua HaMashiach.
Ao celebrar esta festa com fervor, você proclama a fidelidade de Yhwh e se prepara para o “deserto espiritual” que antecede o Reino. Que possamos guardar Sucot com alegria, confiantes na habitação eterna com nosso Elohim!