O clima hostil que era plano de fundo as mudanças sociais que ocorriam em toda Europa no século XVI, levaram a revolta camponesa, o que estimulou Luther a retornar em segredo a Wittenberg apenas um ano após se exilar através de um falso sequestro, na Saxônia.
Contrário aos movimentos de revolução camponesa, Luther passou a pregar uma reforma cuidadosa, defendendo a prática da representação do sacrifício pascal apenas como símbolo do verdadeiro sacrifício, condenando a materialidade ensinada pelo credo católico.
Oficialmente excomungado da Igreja Católica e após ter contato com os bispos da Saxônia que haviam retomado o costume do casamento, rejeitando o celibato, Luther casou-se com Catarina von Bora, após ajudá-la a escapar do cativeiro no Conveto de Nimbschen, junto com outras 11 freiras.
No fim dos seus dias, Luther cometeu o que podemos considerar seus mais graves equívocos. Indignado por não convencer os judeus a abandonarem sua religião e se aceitarem Jesus como seus Messias, Luther passou a defender sua erradicação total de seu país.
Seus escritos foram utilizados por Adolf Hitler para convencer os protestantes a abraçarem o nazismo e verem Hitler como um eleito de Deus para purificar toda a nação alemã, livrando a mesma do imperialismo franco-anglicano, socialismo soviético representado na sua visão pelos sindicatos, e principalmente da elite judaica, sempre presente na nação germânica.
Entre os graves absurdos escritos por Luther, estava:
“A Alemanha deve ficar livre de judeus, aos quais após serem expulsos, devem ser despojados de todo dinheiro e joias, prata e ouro, e que fossem incendiadas suas sinagogas e escolas, suas casas derrubadas e destruídas (…), postos sob um telheiro ou estábulo como os ciganos (…), na miséria e no cativeiro assim que estes vermes venenosos se lamentassem de nós e se queixassem incessantemente a Deus”. — “Sobre os Judeus e Suas Mentiras” de Martinho Lutero.
Em suas obras, o grande reformador protestante chamou o povo eleito de Yhwh de “povo do diabo”, dizia que a sinagoga era como “uma prostituta incorrigível e uma devassa maléfica” e os judeus estavam “cheios das fezes do demónio,… nas quais se rebolam como porcos”
Lutero aconselhou as pessoas a incendiarem as sinagogas, destruindo os livros judaicos, proibir os rabinos de pregar, e apreender os bens e dinheiro dos Judeus e também expulsá-los ou fazê-los trabalhar forçosamente.
Lutero também parecia aconselhar seus assassinatos, escrevendo “É nossa a culpa em não matar eles”. Defendendo que a existência de judeus, e sua não extinção era culpa dos cristãos.
Assim, Luther, um homem que defendeu as Escrituras Sagradas como único fundamento que deveria servir de base para crença do ser humano, o sacerdote universal, a reforma da Igreja Cristã, a mortalidade da alma, tornou-se mais uma oportunidade perdida, de ser um servo de Deus, que poderia levar seus seguidores de volta a Lei de Deus, reconhecendo os judeus como o povo eleito, Yhwh como único Deus e Yeshua como seu ungido para ser sacrificado em nosso lugar, princípios básicos que são fundamentais para a conversão do povo de Deus na Terra e assim, a grande e tão esperada passagem de tempo de uma Igreja morta para uma Congregação do Amor.